Sistema de Detecção de Vazamento de Dutos

De acordo com Bolonkin (2008), dutos são, em geral, o modal mais econômico para transporte de grandes quantidades de óleo ou gás natural pela terra. Em relação às ferrovias, este modal possui menor custo por unidade e maior capacidade. Além disso, funciona 24/7, exceto durante manutenções. Interrupções que podem afetar o período de transporte, como clima ou trânsito, não afetam a operação de dutos.

Porém, uma desvantagem significativa da utilização deste tipo de transporte é a possibilidade de vazamentos que podem ocorrer como consequência de erosão, corrosão, deslizamentos de terra, atos de vandalismo, ações de terceiros, entre outros. Devido à alta pressão na qual os produtos são bombeados e, de acordo com o tipo de substância transportada, esses vazamentos podem causar graves danos ambientais e socioeconômicos.

Com isso em mente, as companhias de transporte de óleo e gás estão continuamente buscando sistemas de detecção de vazamentos (SDVs) mais sensíveis, exatos, repetitivos, confiáveis e robustos. A norma americana API 1149 define estas características conforme abaixo:

Existem diversas tecnologias para detecção de vazamentos que possuem diferentes vantagens, desvantagens e níveis de complexidade. A norma API 1130 classifica estas tecnologias em dois tipos:

Um sistema que atualmente protege mais de 11 mil milhas de dutos ao redor do mundo é o Synergi Pipeline Simulator (SPS), que agrega os módulos Statefinder e Leakfinder. Estes módulos se baseiam nos estados (condições das variáveis) representados de um sistema de dutos.

Para que o sistema apresente o desempenho esperado, é necessário criar um modelo hidráulico do duto, fornecer dados de medição em tempo real do SCADA e também dados coerentes de propriedade dos fluidos. Assim, através dos dados de campo e das leis fundamentais da mecânica dos fluidos, o modelo irá rastrear condições muito próximas ao duto real e investigar anomalias temporais entre os dados medidos e o modelo.

Um mecanismo que o SPS utiliza para reconciliar as diferenças entre as perdas de cargas medidas e as modeladas são as vazões de diagnóstico, que são vazões injetadas ou retiradas do modelo para preservar o balanço de massa quando há discrepância. Se as vazões de diagnóstico médias excederem um limite dinâmico pré-definido, o software irá:

Existem 5 status de alarme: (1) Starting (caso a detecção tenha sido desligada), (2) Okay (não há anormalidade), (3) Circulation (indica ocorrência de circulação), (4) Injection (Indica injeção de vazão) e (5) Leak (indica vazamento). Os status 3 e 4 normalmente indicam problemas na modelagem ou na instrumentação, pois são eventos muito incomuns de ocorrerem em duto operando.

É importante ressaltar que, conforme consta no Anexo A da API 1130, nenhuma metodologia ou tecnologia CPM (Monitoramento Computacional de Dutos) é aplicável para todos os dutos, porque cada sistema possui configuração e operação exclusivas. Além disso, os limites de detecção são difíceis de quantificar, devido às características únicas apresentadas por cada duto. Os limites devem ser determinados e validados, sistema a sistema, e talvez, trecho a trecho. Condições operacionais do duto (estado estacionário ou transiente) irão influenciar o tamanho mínimo de perda de produto que pode ser detectado de modo que os limites de detecção de CPMs não são fixados. Durante os transientes os limites de detecção são maiores.

Outro fator que deve ser evidenciado é que os objetivos de eficiência (sensibilidade, exatidão, repetibilidade, confiabilidade, disponibilidade e robustez) frequentemente estão em contradição uns com os outros. Por exemplo, alta sensibilidade na detecção de vazamento geralmente leva a mais alarmes falsos e, consequentemente, menor confiabilidade, por isso é fundamental que a sintonia seja realizada e monitorada de acordo com os principais pontos relevantes definidos pelo cliente.

Conectividade do AutoLoad® é ampliada com a homologação do Smith Meter AccuLoad IV

Com a adição do driver de comunicação para o AccuLoad IV, o AutoLoad® disponibiliza para seus clientes a possibilidade de integração de oito modelos de predeterminadores de diferentes fabricantes. Além do AccuLoad IV, temos o AccuLoad III, AccuLoad III.net e MicroLoad da TechnipFMC, Fusion4 MSC-L da Honeywell, Danload-6000 e DL-8000 da Emerson e TCC da Unidata.

Além dos predeterminadores eletrônicos de vazão, o AutoLoad® possui drivers de comunicação para diversos dispositivos de campo como balanças rodoviárias, unidades de controle de acesso, painéis eletrônicos, CLPs (Controladores Lógicos Programáveis), URVs (Unidades de Recuperação de Vapor) e sistemas de odorização, além de fazer interface com sistemas de telemetria de tanques e válvulas motorizadas, sistemas de combate a incêndio e os principais sistemas corporativos de mercado.

“O posicionamento da Automind é de uma empresa provedora de Soluções Integradas de Tecnologias de Automação, em regime turnkey, compostas de serviços, software e equipamentos, abrangendo as etapas de concepção, implantação e manutenção. Para o segmento logístico ofertamos o nosso TMS (Terminal Management System), o AutoLoad®. Buscamos constantemente a atualização do AutoLoad® incluindo novas funcionalidades demandadas pelo mercado e a integração de novos dispositivos de controle para terminais, principalmente predeterminadores eletrônicos de vazão, disponibilizando para nossos clientes a flexibilidade na escolha dos equipamentos para controle do seu processo”, comentou o Diretor de Negócios da Automind, Adriano Macário.

O AutoLoad® está instalado ou em processo de instalação em mais de 50 terminais na América Latina.

Automação de 12 Bases da Petrobras Distribuidora

A implantação do novo Sistema foi dividida em duas etapas, uma etapa denominada de piloto e outra de replicação. A primeira etapa tinha o objetivo de garantir que as funcionalidades especificadas e implantadas cumpririam os requisitos de performance esperados para o projeto. Com a aprovação da primeira etapa, o projeto seguiria para a segunda, com a replicação do Sistema para as outras Bases.

O Sistema implantado, dotado de tecnologias complementares, permite realizar as operações de movimentação de combustíveis do terminal de forma automática. Uma arquitetura de hardware e software suportado por um cluster de servidores em um ambiente 100% virtualizado e Controladores Lógicos Programáveis redundantes, garantem a alta disponibilidade do Sistema.

Tendo como base o produto para Gestão de Terminais, o Autoload®, foram integrados: os equipamentos da plataforma de carregamento, os sistemas de telemetria de tanques e de válvulas motorizadas, o sistema ininterrupto de energia, a unidade de recuperação de vapor, o pátio de bombas e o sistema corporativo MDriver.

Na etapa piloto, com duração de um ano e meio, a primeira base que recebeu o Sistema foi a BADUC, base de Duque de Caxias localizada no estado do Rio de Janeiro. Face aos resultados obtidos, após o cumprimento de requisitos de performance para o Sistema, prontamente a Petrobras Distribuidora aprovou a realização da segunda fase do projeto, quando então foi iniciada a replicação para as outras bases.

Durante a replicação do Sistema, além dos requisitos de performance já esperados, outros indicadores de eficiência se destacaram, como por exemplo a redução do custo de energia elétrica com a implantação e utilização do módulo inteligente de controle do pátio de bombas.